quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Onde nasce sua opinião? (modificado)

O empobrecimento cultural da maioria da sociedade brasileira é tão grande, o resultado dos investimentos para se manter e perpetuar a ignorância destes cidadãos foi tão eficaz, que esta grande parcela da população não consegue ter um olhar crítico sobre a realidade.
Estes cidadãos brasileiros vivem em tal ponto de ignorância que não conseguem enxergar o que ocorre em sua volta. Sua capacidade de analisar, raciocinar, criticar, foi a tal ponto tirada ou impedida de florescer por conta da dose homeopática de "conhecimento" que lhes é permitida ter acesso, que o Estado- ocupado por uma elite e patrocinador desta condição- se beneficia desta situação “vegetativa” em que se encontram estes indivíduos para então imputar-lhes suas idéias, que têm por objetivo a manutenção dos status quo.
À imprensa cabe a tarefa de veicular as idéias do Estado aos indivíduos. Este indivíduos usam a imprensa como muletas para a sua deficiência em raciocinar e formar opinião. Acatam e tomam para si as idéias veiculadas por ela como se fossem verdades universais e incontestáveis, acreditando que estas opiniões, tal como afirma a imprensa, são: “imparciais”.


Existem, ainda, para além desta maioria em estado “vegetativo”, outros cidadãos- uma pequena parte- que mantém intacta suas capacidades de raciocinar, analisar, criticar, e assim, têm condições de compreender este engenhoso esquema.
À esta pequena parcela da população restam dois caminhos: ou são absorvidos pelo Estado e pela elite dominante e passam fazer parte destes; ou são reprimidos por não aceitarem compor este grandioso esquema.


O ultimo incidente ocorrido com os alunos da USP evidencia muito bem como: o Estado reprime àqueles que se opõe às suas idéias e decisões; e como a imprensa não é  imparcial e veicula noticias que beneficiam o Estado e mascaram a repressão feita por este.


A forma como a imprensa noticiou a tomada da reitoria pelos estudantes fez com a maioria da população pensasse que a reivindicação destes havia se principiado pelo fato da PM ter detido três estudantes fumando maconha no campus. Ou seja, a reivindicação tinha se formado repentinamente e se tornara uma briga entre: “maconheiros” e polícia, estudantes “maus” contra o Estado “bom”.
Com essa notícia sendo passada pela imprensa os estudantes ficaram diante de grande parte da população com a imagem de: bandidos; o protesto pareceu ter-se iniciado repentinamente e por um motivo extremamente desprezível e suas reivindicações no mesmo patamar. Assim o Estado, através da imprensa, conseguiu macular a imagem dos estudantes perante grande parte da sociedade e ofuscar o verdadeiro motivo em que consistia o protesto.


O protesto e a insatisfação dos estudantes não começaram no exato momento em que a PM deteve os três alunos, muito menos o motivo era injusto e desprezível, tal como foi noticiado. Muito pelo contrário. Os alunos  protestavam pelo direito de autonomia que a constituição de 1988 prevê paras as faculdades públicas e que o governo havia de forma arbitrária desrespeitado quando pela primeira vez desde que acabou a ditadura militar o reitor da USP não foi escolhido democraticamente através da votação do Conselho Universitário, mas sim colocado lá pelo governador.
João Grandino Rodas, reitor e pivô das reivindicações, foi colocado no cargo justamente pelo fato de ser conhecida sua propensão a resolver problemas políticos por meio da militarização.
Rodas, confirmou sua propensão a militarização quando assinou um convênio com o Estado onde a PM passava a fazer patrulha dentro do campus, o que também não ocorria desde a ditadura militar. Este convênio, para o Estado e para Rodas, saiu em boa hora: a mioria-principalmente dos estudantes- não via com bons olhos nem ao Estado por ter desrespeitado o Conselho Universitário nem Rodas por ter sido colocado lá pelo próprio Estado.


Os protestos sempre aconteceram e os estudantes sempre reivindicaram: a saída de Rodas da reitoria, pois este não havia ascendido ao cargo de maneira democrática; que se melhorasse a segurança, pedindo uma maior e melhor iluminação no campus e que fosse aumentado o efetivo da guarda universitária- que é de autonomia da USP, autonomia que não é respeitada pela PM.


Desta forma, a PM não foi colocada no campus da USP para dar maior segurança aos estudantes, mas sim com o intuito de reprimir estes protestos que iam contra os interesses do Estado: tirar a autonomia da Universidade e dos estudantes e tomar em suas mãos as rédeas dos mesmos.


As notícias veiculadas pela imprensa omitem estes fatos e mudam o foco das atenções para um lado que faz com que a maioria da população se comova e se coloque a favor do Estado, em detrimento aos estudantes.
Sabidamente, as drogas causam uma tremenda comoção em toda a população- e não era para ser diferente. Esta foi a forma que a imprensa usou para trazer a população para o lado do Estado.


Para atestar a eficácia com que a imprensa consegue moldar a opinião pública basta olhar as redes sociais na internet. Quantos não são os protestos que seguem o ponto de vista moldado por ela?


O Estado financia uma educação em dose homeopática para a população. A maior parte fica em estado “vegetativo”. Poucos escapam a esta situação. A maioria destes que escapam são absorvidos pelo Estado e passam a fazer parte dele. Os que não são absorvidos pelo Estado torna-se perigosos para o seu intento de manter o status quo. Estes “não absorvidos” passam a ser reprimidos pelo Estado. A imprensa entra no jogo veiculando a opinião que o Estado quer que a população tenha. A população em estado "vegetativo" -incapaz de formar opinião própria- acata a opinião da imprensa como se fosse sua, verdadeira e incontestável. Com esta opinião a população se coloca ao lado do Estado. Com a população ao lado do Estado a repressão está justificada. O status quo se mantém.


Ciclo fechado!
Esquema perfeito e funcionando bem!

sábado, 8 de outubro de 2011

Refletindo sobre o que pregam IV

O amor incondicional de Deus é mais uma das coisas pregadas nas igrejas que é totalmente contraditória.
Se esse amor proveniente de Deus aos homens é mesmo incondicional, logo, não importa o que se pense, faça ou fale: continua Deus amando tal sujeito. Pelo menos é isso o que quer dizer "incondicional": que não admite ou supõe qualquer condição, irrestrito.

Sempre ouvi falar sobre o "amor incondicional" de Deus e sobre o “inferno". Este dois conceitos tornam Deus totalmente contraditório.  “Amor incondicional” e “inferno” são antagônicos. Ou seja, um conceito anula ao outro. É o mesmo que ser “bom” e “mau” ao mesmo tempo.

Como pode alguém que ama incondicionalmente mandar alguém para sofrer no inferno?

Uma pessoa que não segue o que supostamente foi pedido por Deus irá, após a morte, e posteriormente ao julgamento final, arder eternamente no inferno. Um lugar onde haverá choro e ranger de dentes-segundo a bíblia- um lugar de sofrimento sem fim.
Um ser que ama incondicionalmente manda o ser amado para sofrer eternamente?
Evidentemente que não. Isso de forma alguma é demonstração de amor!

Alguns ainda dirão que somente arderá no inferno quem quiser, pois Deus dá várias oportunidades de se converter e fazer as coisas certas, e que se um indivíduo resolveu ser mal, logo, Deus será justo, e o mandará ao inferno por seus atos.

Não entrarei no mérito de analisar se é ou não justo que um indivíduo "mal" , transgressor das leis de Deus pague por seus atos indo arder no inferno. Todavia, ainda que seja justo da parte de Deus mandar um "mal" para o inferno, isso, evidentemente, mostra que o amor Dele não é incondicional tal como pregam.
Se, assim como se pode perceber: que quem ama incondicionalmente não faz com que o ser amado sofra eternamente, logo, se alguém vai ao inferno mandado por Deus, este não é amado por Ele.
Sendo assim, se para que o indivíduo seja amado e permaneça com Deus no paraíso tenha que ser bom, seguir as leis por Ele impostas, fazer o bem, logo, o amor de Deus não é de forma alguma incondicional. Muito pelo contrário. O amor de Deus é totalmente condicionado. Exigir que um indivíduo siga as leis para ser amado e não ir sofrer no inferno é uma condição. Uma exigência é uma condição.
Colocar os indivíduos numa perspectiva dualista onde ou se é amado e vai ao paraíso ou se é odiado e vai arder no inferno é uma prova cabal que o amor de Deus de forma nenhuma é "incondicional".

Pode-se concluir de duas formas:

Se o amor de Deus é incondicional: o inferno não existe. Pois o amor incondicional Dele fará com que independentemente do que cada um faça, sempre todos ficarão ao lado Dele. Porque Deus ama a todos incondicionalmente.

Já se o inferno existe: o amor de Deus não é incondicional. Pois há uma condição para se ser amado, viver com Ele no paraíso e não ser jogado no inferno para sofrer eternamente: ser bom e seguir suas leis.



Pare e pense! Veja que tudo o quanto sabes sobre Deus não foi por tua própria experiência aprendido, mas sim imposto por uma tradição. Se conseguir deixar de lado a idéia imposta de que o simples fato de pensar e questionar os valores cristãos é um pecado, verás o quão contraditório é a descrição que fazem de Deus. Isso não quer dizer, necessariamente, que Deus não exista, entretanto, deixa claro que Ele não é nada daquilo que falam nas igrejas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Variando...

Quebrando um pouco a rotina, falarei um pouco de política. Embora igreja e política se confundam totalmente.

Os brasileiros têm um estereótipo de político: um homem rico, falso, bom com palavras e corrupto/ ladrão.
É a partir deste estereótipo de político que todas as opiniões à respeito de política e sobre os políticos são formadas.
É evidente que a maior parte dos políticos -isso pra não dizer todos- se enquadram neste perfil. Entretanto, não é sobre o fato dos políticos se enquadrarem ou não neste perfil que me causa estranheza, mas sim as críticas que os cidadãos fazem (críticas na qual me incluí em várias oportunidades).

Hoje, embora me afete de maneira considerável, admiro os políticos corruptos. Não por ser correto o que fazem, mas por serem "bons" no que fazem.
Uma hipocrisia gigantesca é o fato do povo reclamar que os políticos querem sempre se dar bem, e que para isso sempre estão roubando e arrumando maneiras ilegais para conseguir realizar seus intentos. Indignar-se com os políticos, venha essa indignação da parte de quem vier, é de uma hipocrisia enorme. Diria que neste imenso país não há ninguém que tenha condições morais de fazê-lo.
A pergunta que faço é a seguinte: em que se diferenciam os políticos corruptos do restante do povo?

Se for deixado de lado os preconceitos e de forma racional e imparcial analisar, julgando a si próprio se preciso for, ver-se-á que em nada se diferencia o povo dos políticos corruptos, exceto pelo montante que estes com sua corrupção conseguem arrecadar e com o número de pessoas que atingem com sua atitude.
Excluindo a diferença que acima descrevo nada mais há de diferente entre os políticos e a população.

Veja bem!

Corrupção nada mais é do que a transgressão das normas morais e legais.

Faço então mais uma pergunta:

Quem nunca burlou uma regra e deu um jeitinho de se dar bem?
A maioria esmagadora da sociedade brasileira já deu "jeitinho" nas coisas. Isso, mesmo que em menor proporção comparado com os políticos também é corrupção. A sociedade brasileira é corrupta por natureza. O que ocorre, e que talvez seja o que faz muitos pensarem que a sociedade brasileira em sua maioria é honesta, é o fato de sempre atrelar a corrupção à riqueza e a honestidade à pobreza.
Se de forma equivocada associar a honestidade à pobreza seremos obrigados a considerar o Brasil um dos países mais honestos do mundo. E se analisar de forma imparcial, muito provavelmente chegar-se-á à conclusão: de que não é isso o que ocorre.

Corrupção é transgredir as normas morais e legais em proveito próprio ou de um grupo, e isso os brasileiros sempre que têm oportunidade fazem, se diferenciando disso algumas exceções (que eu particularmente não conheço).
Os pobres se indignam com os ricos e políticos por pura hipocrisia, pois sempre que têm oportunidade, mesmo que em menor proporção, se corrompem e tiram proveito desse ato.
Chego a conclusão de que o que diferencia os políticos ricos do povo pobre é que: os ricos são "bons" no que fazem. E que se a maioria dos pobres chegasse a ocupar o lugar de algum político: certamente faria exatamente igual ao que enquanto pobre abomina.

sábado, 24 de setembro de 2011

Refletindo sobre o que pregam III

Continuando minhas reflexões sobre o que pregam analisarei a doutrina do poder do papa, que supostamente por ser o sucessor de Pedro é o dono das chaves do céu.

Que análise pode ser feita a partir do pedido de desculpas dos últimos papas pelas atrocidades cometidas pela igreja em tempos passados?

Muitos dos que ela seguem certamente dirão: “mas a igreja é formada por homens e homens erram”, ou ainda: “a igreja é santa e pecadora”.
Só o fato de admitir que a igreja é pecadora já exclui a possibilidade de ser santa, exceto no mito católico. Pelo modo como descrevem a igreja, que é o “braço” de Deus na terra- sendo braço também é o próprio Deus- sendo santa e pecadora, por conseqüência a conclusão a que se chega é que Deus também é um pecador, assim como seu filho Jesus.
Isso é extremamente contraditório. E a igreja católica é cheia destas contradições. Aliás, o cristianismo com um todo é contraditório. Basta ver que chamam Jesus de mestre e mesmo assim não o imitam. Todos os mestres na história tiveram discípulos, e todos estes discípulos imitavam o tempo todo os passos de seus mestres. Somente o cristianismo não faz isso. Não se vê um só que seja realmente seguidor de cristo.

Todavia, voltemos à análise do que diz respeito ao pedido de desculpas.

A própria admissão de um erro por parte da igreja é suficiente para que ninguém a siga. Se Deus é perfeito e isento de erros não pode ser a igreja que admitidamente errou a representante de Deus. Segui-la é errar.
O que a igreja faz é dar poder a alguns espertos que ganham-no pela fé e ignorância do povo que não enxerga tais contradições. Essa dominação por parte do clero se dá a partir de dogmas, que para não serem desmascarados como idiotices, são tidos como “extremamente corretos” e fora de contestação, onde qualquer pensamento contrário a estes fará com que o indivíduo recaia em pecado, e que o que se ganha com o pecado é sofrimento. Essa repressão mental que sofrem os fiéis é parecida com a repressão do direito de expressão implantado pelas ditaduras, e em tempos passados foi até pior, como na caça as bruxas, que posteriormente gerou o pedido de desculpas do papa.
Essa dominação psicológica por parte da igreja, muito bem planejada, acaba por dar poderes de um deus a um homem. O papa tem poderes de um deus. O que ele fala deve ser seguido, caso contrário o inferno é o destino.

Veja este panorama cômico:

A igreja perseguiu e assassinou muita gente em nome de Deus. As pessoas eram mortas porque estavam em pecado. O pecado leva ao inferno segundo a doutrina da igreja. Logo, todos os assassinados foram diretamente, sem escala, para o inferno. Em contrapartida os que mataram em nome da igreja e de Deus foram imediatamente condecorados com uma passagem direta, em primeira classe, para o paraíso, por fazerem a vontade de Deus.

O poder do papa é tão grande que em um minuto, quando admitiu que a igreja estava errada nessas execuções e pediu desculpas, ele fez a maior mudança da história do paraíso e inferno. (Para as empresas de turismo extra-terrenas foi ótimo.)

Ora, pois, se a igreja errou tal como disse o papa, logo, todos os que perseguiram e mataram são conseqüentemente assassinos impiedosos, cometeram pecados, e conseqüentemente são merecedores de morar na periferia do inferno. Em contrapartida, os que morreram injustamente estão livres dos pecados que a igreja os tinha imputado, merecendo então morar na zona sul do paraíso.
O papa em um só minuto fez o maior remanejamento populacional entre o céu e o inferno de toda a história.

Podemos analisar isso de várias formas:

·         Se os mortos continuaram, mesmo com o pedido de desculpas do papa, em seus respectivos lugares definidos há anos atrás pela igreja (inferno e paraíso), Deus é injusto.

·         Se estes indivíduos, assim que admitido o erro na hora da distribuição de suas moradias eternas, tiverem que mudar do paraíso para o inferno e vice-versa, o que se mostra é que a igreja é a maior fraude de todos os tempos, pois se ela realmente é a representante de Deus na Terra não poderia errar, e se errou é por que não é a representante Dele.

·         Se somente os que estavam injustamente no inferno foram remanejados para o paraíso depois da constatação do erro da igreja, e os que mataram e deveriam ser remanejados para o inferno pelos pecados cometidos foram perdoados e permaneceram no paraíso, o que se pode conclui é: não esquente com o que a igreja diz, ela não é representante de Deus e o pecado não existe, sendo assim faça o que quiser de sua vida sem se importar com nada, pois ao final, errado ou não, teu destino é ser perdoado e ficar eternamente no paraíso.

O que se conclui é que: a igreja não é e nem nunca será a representante de Deus. Tudo o que ela diz é pura charlatanice. Deus, na perspectiva da igreja nada mais é do que a forma de dominação de um povo. Deus é a emanação da vontade de poder daqueles que dominam a igreja.

A igreja é contraditória e muito cômica.

sábado, 30 de julho de 2011

Refletindo sobre o que pregam II

Bem, continuando minhas reflexões sobre o que continuamente pregam dentro das igrejas, com uma ênfase maior na católica, que é a que tive um maior contato, tentarei expor o meu ponto de vista a respeito de outra máxima: a confissão.

Conversando com uma amiga surgiu tal assunto-a confissão- e notei que as mesmas coisas que foram ensinadas a ela foram de forma parecida passadas também a mim, e creio que aos demais católicos a idéia do que é a confissão também foi ensinada em termos parecidos aos seguintes: que o padre no momento da confissão é o próprio Deus e que somente com o ato da confissão é que se recebe o verdadeiro perdão; e que ao término da confissão o padre (ser humano) esquece o que disseste durante a confissão.

Não entrarei no mérito de analisar a idéia de que o padre em determinados momentos torna-se, por força de um ritual, o próprio Deus, entre esses momentos o da confissão, pois não creio nisso de forma alguma. Mas aceitando esta idéia, vejamos como é contraditório o que pregam.

Analisarei em duas partes essa máxima: a necessidade de se confessar estritamente com o padre durante o ritual de confissão para se obter o perdão e a idéia de que o padre esquece os pecados contados assim que se dá o termino da confissão.

Se for possível mesmo, de acordo com o que pregam nos encontros da Rcc e mesmo nas missas, falar com Deus em qualquer momento que Ele escuta; se Deus de fato é benevolente e a tudo perdoa, qual a necessidade então de confessar com um padre que somente seria o próprio Deus em determinados momentos? Se Deus ouve aos homens quando estes pedem perdão em oração, qual o motivo pelo qual Deus deixa o peso da culpa em cima dos ombros de homens arrependidos até que estes peçam perdão ao padre durante a confissão?
Isso tudo é contraditório. Se há a necessidade de confessar-se com o padre para se obter perdão é óbvio que Deus não escuta aos homens o tempo todo. Se Deus escuta aos homens o tempo todo, um simples e sincero pedido de perdão em forma de oração será suficiente para se obter o perdão de Deus, não havendo assim a necessidade de confessar-se com o padre.
Acreditar que Deus ouve aos homens o tempo todo e ainda sim pregar que os homens necessitam de confessar com o padre para obterem o perdão, sendo que neste intervalo a culpa permanece nos homens, mesmo que estes estejam arrependidos e já tenham pedido perdão em forma de oração, é o mesmo que chamar Deus de burocrata e aceitar que Ele não é tão benevolente assim.

Passemos adiante!

Pelo que me consta, baseado no que sempre escutei dentro da própria igreja através de meus amigos e sacerdotes, os padres fazem uma espécie de juramento ou têm um código de conduta ou de ética que os proíbem de contar, seja em que circunstância for, por mais que tenha sido uma atrocidade, o que ouviram dos fiéis durante a confissão.
Se o que dizem a este respeito é verídico e que os padres fazem um juramento que os impedem de contar os pecados ouvidos durante a confissão, logo, a idéia de que os padres esquecem o que foi contado ao fim da confissão é errada.
Apenas o fato de haver um juramento ou um código de conduta que os impedem de contar o que ouvem dos fiéis pressupõe que os mesmos não esquecem o que a eles é contado, caso contrário, se de fato eles esquecessem assim que se termina a confissão, não haveria necessidade de tal juramento ou coisa qualquer.

Concluo, pois, que a idéia que fazem da confissão, se posta em confronto com o que a idéia que propagam a respeito de como é Deus e como Ele ouve aos homens, é um tanto quanto contraditória. Digo que se acreditar em uma dessas idéias não poderá acreditar noutra sem que se caia em contradição. Digo-vos ainda que, conforme fora visto, a confissão direta ao padre não é necessária se crês que Deus ouve aos homens. Previno-vos ainda dizendo que somente vá confessar-se com algum padre caso este seja teu amigo ou caso saiba que este é idôneo, ou ainda caso não o conheça e não vá tornar a vê-lo, pois como fora visto, este não se esquecerá do que contar a ele, e, se este não for idôneo, prepare-se para as insinuações e até discriminações caso sejais um participante da igreja.
Procure um padre para aconselhar-se, pois em sua maioria os padres sabem como fazer isso, e não para confessar-se, pois como fora visto não é necessário para se obter o perdão.

















sábado, 16 de julho de 2011

Refletindo sobre o que pregam I

Sempre, enquanto participante da igreja, ouvi várias frases que são muito repetidas em reuniões, retiros, missas, semanas de louvores, etc. Também muito me foi dito sobre a essência de Deus. Também muito me foi dito a respeito de como um católico deve ser e fazer, para que sendo  e fazendo não transgrida as normas preestabelecidas pela igreja católica apostólica romana.

Sobre estas frases e doutrinas eu começarei a refletir aqui no blog, e tentarei, a partir de meu ponto de vista, ver se de fato elas têm fundamento ou são apenas balelas para enrolar as pessoas.

Bem, começarei por uma frase-doutrina que sempre é pregada por um grande amigo meu e que quase sempre é direcionada a mim: "nós que somos guiados pelo Espírito Santo temos de ser obedientes ao padre. Ele é a autoridade aqui. Se ele nos mandar fazer algo, mesmo que seja errado, temos de acatar e fazer, pois somente ele pagará diante de Deus caso erremos por causa dele".

Pelo que entendi das palavras de meu amigo: o culpado não é a pessoa que erra, mas sim a pessoa que induz a outra a errar.

Eu acho essa idéia-doutrina terrível e idiota. Todavia, vejamos:

De acordo com a igreja o homem tem o "livre arbítrio"; é habitado pelo Espírito Santo, que em tese dá ao homem alguns dons, entre eles o discernimento; e será posteriormente julgado apenas por seus próprios atos.
Considerando estas três situações ouso dizer com ainda mais firmeza que: é absurda esta doutrina, e que meu amigo engana-se a si próprio e aos demais quando diz ser correta esta doutrina.

Vou relacionar, mesmo com minha enorme ignorância, "livre arbítrio", "discernimento dado pelo Espírito Santo" e "julgamento divino", para então mostrar como é ridícula esta “doutrina" ou esta tese levantada e defendida pelo meu amigo:

Livre arbítrio

·         De acordo com a igreja, e como aceito por todos que nela crêem, os homens têm o livre arbítrio: que é o poder ou o direito de decidir de como e quando fazer qualquer coisa que seja. De acordo com o que se sabe, o “livre arbítrio” é o direito inalienável do homem de escolher por sua própria vontade o que fazer de sua vida, de dirigir suas atitudes em detrimento a qualquer outro ser ou pessoa que demonstre a vontade contrária.

Discernimento

·         Além do livre arbítrio, o homem conta hoje em dia, segundo as escrituras que formam a bíblia, com o apoio do Espírito Santo, que é enviado aos homens e neles habita. Tem, o Espírito Santo, como característica o fato de dar aos homens alguns dons, entre estes dons o dom do discernimento. Discernimento nada mais é do que a capacidade de ver com clareza o que é certo e errado em cada circunstância, ou seja, o bem e o mal, e assim poder decidir de maneira correta e que não venha a trazer nenhum revés a quem decide.

Juízo final

·         Ainda de acordo com as escrituras da bíblia e com a igreja: haverá um julgamento final, este feito por Deus, que levará em conta os atos feitos pelos homens enquanto estes viveram na Terra. Julgar-se-ão todos os homens, de forma individual. Ou seja, cada um prestará contas por suas próprias atitudes, sendo que suas atitudes em nada afetarão no julgamento de qualquer outro e vice-versa.


Tendo analisado um pouco mais a fundo o que significa cada uma destas coisas ditas dentro da igreja vejamos:

Se um homem tem o direito inalienável de decidir e fazer por si só qualquer coisa; se ele têm em si este Espírito Santo, que lhe mostra com clareza, dando-lhe a oportunidade de identificar, sempre que se fizer necessário, o bem e o mal; e se o julgamento divino é individual, levando em conta tão somente as atitudes de cada homem, desconsiderando as atitudes dos demais, como e com que razão pode-se dizer que temos de seguir tudo o que o sacerdote fala? Ainda mais se soubermos que ele está errado?

Abre-se aí duas possibilidades: no primeiro caso, tendo os homens em si o discernimento dado pelo Espírito Santo, poderiam ver onde está o bem e o mau, não  tendo a necessidade de sacerdotes, pois fariam sempre o bem e praticariam mutuamente a justiça entre eles, e sendo justos, agradariam a Deus e conseqüentemente estariam em contato direto com Ele; no segundo caso, os homens necessitando de um sacerdote para mostrar-lhes o bem e o mal e para estar em contato com Deus, deixa  evidente que o Espírito Santo está somente na figura do sacerdote e não nas demais pessoas.

Concluo, pois, que se todos têm em si o Espírito Santo, que dá, entre outros dons, o dom do discernimento, não há necessidade de um sacerdote. Em contrapartida, se de fato necessitam de um sacerdote, e que este mostre-lhes o bem e o mal, significa que os demais homens não possuem dentro de si o Espírito Santo.

Alguns podem refutar meus argumentos e dizer ainda que: o homem é falho.

Aceitemos isto e analisemos: o homem é falho, todavia, tem dentro de si o próprio Deus na forma do Espírito Santo- Deus que é perfeito. Sendo assim, como pode o homem ter dentro de si o Deus Supremo e Perfeito e ainda sim errar?

Ainda haverá quem diga: mas o homem em sua imperfeição em alguns momentos se esquece de Deus.

Se isso de fato ocorre somente serve para aumentar a certeza que eu tenho: a certeza de que, assim como em outra oportunidade já discorri sobre os hipócritas que tomaram o grupo de jovens, as pessoas usam o nome de Deus por conveniência: lembrando e aclamando o nome Dele em público, e se esquecendo Dele enquanto escondidos e em busca de seus interesses.

Agora, analisada da forma que foi feito: a frase-doutrina dita e repetida muitas vezes pelo meu amigo é hilária, errada, e principalmente uma balela para enrolar as pessoas e levá-las a seguir o que ele mesmo acredita e segue.
Concluo, pois, que esta frase-doutrina é sem fundamento, tornando-se contraditória, e que quem a segue em muito se engana.

sábado, 9 de julho de 2011

Por nossa conta.

Começo pela simples pergunta: pode um ser encontrar-se no mesmo momento em duas situações opostas? Explicarei melhor: pode um corpo estar em repouso e em movimento ao mesmo tempo? Pode alguém estar triste e feliz no mesmo instante? Pode alguém sentir dor e prazer ao mesmo tempo? Pode alguém estar enfermo e saudável no mesmo instante? E façamos a mesma pergunta com outros estados dos seres que são antagônicos.

Levemos em conta o que ocorre com os sado masoquistas. Estes supostamente sentem prazer ao sentirem dor. Sendo assim, poderíamos ser levados a crer que um ser pode experimentar ao mesmo tempo estados físicos e/ou de espírito que ao primeiro olhar parecem totalmente antagônicos.
Mas analisemos esta situação: Dor e prazer são sentimentos que o espírito experimenta em alguns momentos. O resultado da dor é necessariamente a infelicidade, a tristeza. Já o do prazer que é o sentimento oposto à dor causa necessariamente os resultados opostos.
Tomemos isso por correto. Agora outra pergunta surge: Como podem sentimentos opostos proporcionarem resultados iguais? O resultado da doença é o enfraquecimento do corpo, o da saúde o fortalecimento do mesmo. Pode a doença levar o corpo a se fortalecer e a saúde levar o corpo a se enfraquecer? É evidente que não.
Da mesma forma então podemos considerar que a dor não pode causar felicidade e vice-versa. Sendo assim, o que traz felicidade e prazer ao sado masoquista não é a dor. Podemos ainda aprofundar nesta análise: aqui no ocidente as mulheres usarem biquíni é um coisa normal. Já no oriente médio essa atitude causa repulsa e indignação. Isto é uma questão de ponto de vista. Assim o que para os demais é uma situação que causa dor e conseqüentemente infelicidade para os sado masoquistas é uma situação que causa exatamente o oposto. Ou seja, o que para os corpos da maioria se interpreta como dor, para os sado masoquistas nada mais é do que um estímulo ao prazer.
Desta forma  creio que podemos dizer que é impossível um ser, seja ele qual for, experimentar no mesmo instante dois estados ou sentimentos sejam eles físicos ou espirituais que sejam antagônicos.

Sendo assim, pode Deus ser benevolente e justo ao mesmo tempo?

Eu particularmente não creio nisso.

Se alguém comete um falta, Deus que tudo vê, pune-o ou perdoa-o?
De acordo com a Igreja Católica, até em meados do século XIX, quem transgredia alguma regra era punido pela própria igreja, que é óbvio representava Deus e seus desejos na Terra. Neste caso Deus era justo.
Hoje em dia é o contrário: Deus é benevolente, ou seja, perdoa a tudo, desde que o pecador se arrependa e freqüente a igreja com os seus irmãos.
Sendo assim, Deus tampouco experimenta dois estados antagônicos: ser justo e ser benevolente.
Mas aprofundemos isto: suponhamos que a falta cometida seja um furto. Se Deus for justo, Ele fará com que seja punido o transgressor e ressarcido o que teve o bem subtraído. Se em contrapartida Deus for benevolente, ele não fará com que seja punido o transgressor, esperando que ele se arrependa, e tampouco ressarcirá o que teve o bem subtraído, esperando que este não seja apegado aos bens materiais, esperando Deus para fazer a justiça em outro momento (juízo final).
No primeiro caso Deus é justo e não benevolente. Deus manifesta seu poder na Terra interferindo na vida dos homens mesmo que estes não se dêem conta. No segundo caso Deus é benevolente e não justo. Ele não manifesta seu poder em meio aos homens enquanto estes estão em suas vidas terrenas, esperando para agir no além.
Se Deus é benevolente como diz a maioria Ele não agirá em nossas vidas enquanto estivermos na Terra. Deus esperará para aplicar a justiça em outro momento, possivelmente no juízo final.
Se de fato Ele é benevolente fica óbvio que ele não age: pois na Terra nota-se muito perdão (ou ao menos Ele releva os pecados) e também muita injustiça (causada pelos homens e pela "não ação" de Deus- que fica esperando para fazer a justiça no além). Se Deus não age, logo Ele não fala com os homens diretamente - usa das escrituras para falar aos homens. Se Deus é benevolente e conseqüentemente, como ficou claro com a análise, não age, fica evidente que todas as ladainhas contadas por alguns de que Deus falou para fazer alguma coisa, ou que Deus deu uma missão, nada mais são do que mentiras e as expressões das vontades humanas destes hipócritas. Se Deus usasse de justiça para conosco enquanto estivéssemos na Terra provavelmente não estaríamos diante de situações calamitosas e revoltantes como as que nos deparamos em nosso cotidiano.
Sendo assim, ouso dizer que nem mesmo o Todo-Poderoso enquanto ser vivente pode experimentar dois estados de espírito antagônicos, e que neste momento, de fato, Ele está benevolente e aguardando o momento oportuno para fazer justiça.

Sendo assim, cabe a nós enquanto seres terrenos combatermos a injustiça e não esperarmos a justiça Divina na Terra. Alias, se Deus quisesse dirigir e controlar nossas vidas como dizem estes hipócritas e mentirosos não teria nos dado o livre arbítrio.
Cabe, pois, somente a nós mesmos lutarmos pela justiça e combater a injustiça. E para tal não necessitamos de punirmos os demais com nossos julgamentos perniciosos, mas sim evitarmos que os que já deram mostras de serem injustos e astutos consigam praticar novamente a injustiça.
Prevenção e não punição.
Não tratemos como empregado nosso Deus como fazem os hipócritas: "vou entregar nas mãos de Deus". A vida é uma dádiva por Ele dada a nós.
Enquanto estivermos na Terra justiça e injustiça caberá somente a nós. Previnamo-nos das injustiças e busquemos a justiça.

domingo, 26 de junho de 2011

"falar, até papagaio fala"

Escuto muitas vezes as pessoas dizendo: temos de proclamar o evangelho de Jesus Cristo a todas as pessoas perdidas!

Se não me falha a memória, o que Jesus disse para os apóstolos é que levassem a boa nova a todas as pessoas e com isso todos tivessem ciência de como chegar à salvação.

O que me intriga é saber que as pessoas "perdidas" conhecem o evangelho, e as vezes até melhor do que as que vivem dentro da igreja.
Se estas pessoas conhecem o evangelho de nada adiantará que alguém passe para anunciar a estes novamente as palavras de Jesus. Ainda mais se quem anunciá-las não tiver uma vida condizente com o que prega.
Por algum motivo, mesmo escutando sobre os ensinamentos de Jesus, resolveram não seguir tais ensinamentos.

Se anunciar o evangelho não está surtindo efeito, o que será que falta?
A frase que escutei ontem serve bem para ilustrar o que ocorre com a ineficácia do anúncio do evangelho: "falar, até papagaio fala".
Embora se encaixe perfeitamente no panorama, partindo de quem partiu, esta frase torna-se de uma ironia e de uma hipocrisia gigantesca.

O problema é bem este mesmo: as pessoas falam demais.
As pessoas que se encontram em situação de "perdição" não necessitam escutar mais uma vez as palavras de Jesus. Estas pessoas fatalmente já escutaram várias vezes. Até mesmo o evangelho se torna chato se simplesmente falado por várias vezes. Pior ainda quando quem o anuncia não vive-o.
As pessoas que "recitam" o evangelho quando não o vivem apenas recitam-no. Tornam o evangelho nada mais que um mero poema: bonito de ouvir, mas difícil de pô-lo em prática. Assim o evangelho acaba caindo no mundo da ideologia, onde tudo é perfeito.
Necessita-se de que estas pessoas, que usam o nome de Deus para justificar os seus pecados quando estes acabam caindo no conhecimento da comunidade, e que quando podem fazer algo sem serem descobertos pouco fazem das e pelas palavras de Deus, tirem o evangelho do campo do idealismo a tragam-no para o materialismo: e que vivam tal como manda e ensina o evangelho.

As pessoas "perdidas" necessitam de exemplos de vida. Precisam de pessoas que vivam o evangelho e não de recitadores de evangelho.
Como alguém que prega contra o alcoolismo, por dizer que o álcool deteriora o corpo que é o templo do Espírito Santo, terá crédito em suas palavras se na primeira festa que for se embriagar?
Como alguém que prega a amizade perante uma assembléia pode mudar alguém se na saída da igreja sequer sabe o nome da pessoa para quem pregou?
Coisas assim e ainda piores ocorrem em todas as igrejas (ênfase na Sta. Edwiges).
As pessoas têm usado o nome de Deus para justificar suas falhas de caráter: Deus é perfeito e nunca erra, eu não sou perfeito, por isso errei. Isso tem de acabar!

Há uma diferença básica entre as pessoas boas e as que gostam de tirar proveito das boas: essa diferença está nos verbos ser e estar.

As pessoas boas em alguns momentos de suas vidas estão erradas. Todavia o verbo estar é uma condição passageira, momentânea. Não é uma condição perpétua no âmago do ser destas pessoas.
Já as pessoas que gostam de tirar proveito das pessoas boas são podres, são usurpadoras e principalmente oportunistas. Dissimulam e somente esperam o momento oportuno para darem seus golpes. O verbo ser significa essência, ou seja, nestas pessoas essa podridão de caráter está incrustada no ser destes. É imutável.
E infelizmente é este ultimo caráter que predomina nas pessoas que estão na frente da igreja ( mais uma vez, ênfase na Sta. Edwiges)

Há que se mudar este panorama!
Há que saírem do meio destas pessoas obscuras alguns que vivam realmente o evangelho. Somente com pessoas que tratem aos demais como irmãos e não como oportunidades é que salvar-se-ão os que hoje estão "perdidos".

É através do exemplo e não do simples ato de recitar o evangelho que estaremos cumprindo o pedido de Jesus.

Paz aos bons, piedade aos demais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Trágico ou cômico?

Depois de um ano, três meses, e dois dias, soa-me engraçado o diálogo que me acometeu, ao passo que aconteceu como fora previsto.
Eu sei que é redundante falar a sobre o que ocorrera. Já escrevi e falei muito a respeito disso. Mas foi hilário a pergunta que me fizeram e o diálogo subsequente: Lucas, você e os meninos voltarão mesmo ao grupo?
Respondi que não sabia quanto aos demais, mas que eu mantinha minha posição de sempre.
O que me deixou com vontade de rir foi o que ouvi posteriormente a minha resposta: "Ai, que pena! A parte debaixo da Igreja está quese pronta e quando estiver precisará de gente pra encher o grupo!"

Eu sempre disse que enquanto se prioriza-se a Igreja-pedra, a Igreja-seres-humanos estaria enfraquecida.
Em muitas ocasiões venderam-se roupas usadas ao invès de doá-las para quem realmente necessitava. Isso tudo somente para arrecadar alguns reais a mais para a construção da Igreja-pedra.
Junta-se a isso o que ocorrera no fatídico dia 06/03/2010 e teremos uma Igreja-pedra - embora inacabada, grande e bonita, mas vazia do que mais deveria ter para o futuro da própria Igreja-pedra: os jóvens.


Tudo isso seria cômico caso não fosse trágico.
Os jóvens têm força, basta saber reuní-los. E para tanto é necessário tratá-los com respeito, e não como meros semi-adultos como sempre foram tratados pelos mais velhos que somente lembravam-se deles para criticá-los ou para chamá-los para trabalhar na quermesse.
Quanto aos que quiserem reuní-los: tratem-os como gente, e não como número, como hoje é feito. E principalmente sejam honestos e façam as coísas às claras - o que tem faltado a vossas senhorias.

Espero que essa situação mude.