sábado, 21 de janeiro de 2012

A verdadeira arma.

Em uma sociedade sábia onde prevaleça a honestidade e a justiça as pessoas brigarão para não assumir cargos políticos. Cada indivíduo saberá que ocupando tal cargo qualquer erro de decisão resultará em problemas para várias pessoas que não somente ele próprio. Nesta sociedade saber-se-á que exercer um cargo político será sinônimo de grande responsabilidade, e não de grande privilégio, tal como é hoje encarada a política. Os indivíduos terão medo de exercer tais cargos, pois os honestos e justos temem fraudar e prejudicar outrem.
Nas antigas cidades onde hoje se situa a Grécia, principalmente em Athenas, berço e único lugar onde até hoje se alcançou a democracia- que até hoje é perseguida por muitas sociedades e até então não foi alcançada- surgiu como uma forma de dividir entre todos os cidadãos a responsabilidade pelas decisões.



O caminho para se alcançar tal sociedade passa pelo conhecimento pleno da política. Somente pode-se arrumar uma máquina quebrada conhecendo  plenamente seu funcionamento.

Todos os cidadãos, pois, deveriam se interessar mais por política, conhecer como são tomadas as decisões. Decisões que até então têm prejudicado a grande maioria.

Enquanto a população não conseguir enxergar que é no conhecimento que está a única e verdadeira arma para se mudar qualquer situação, será sempre arrastada e usada para consolidar os planos de quem o detém. Ela sempre terá participação fundamental em grandes mudanças, mas como simples peões manipulados, e a mudança que ocorrerá será a de quem governa e não a mudança da situação da população. Ou seja, o grupo que não está no poder o conquistará; o que está cairá e ocupará a posição deixada por aqueles que lhes tomaram o poder: “esquerda/oposição”; e neste meio a massa permanecerá com sua situação inalterada: explorada e alienada.

Portanto, o único meio de se fazer uma mudança que surta efeito é por meio do enriquecimento intelectual da população.
Essa população tem de ser capaz de criticar e entender a si mesmo e como se dão os mecanismos que regem a sociedade. De outra forma, sendo simples propagadores de ideias sem que se entenda do que se tratam e o que podem causar, só por parecerem boas e nobres, estarão simplesmente ajudando a mudar os governantes, não a própria situação.

Para se mudar a política deve-se entender de política. Para se mudar uma sociedade deve-se entendê-la profundamente. Para se entender a sociedade e de política deve-se estudar, conversar, debater sobre estes assuntos. Depois disso, entre todos, traçar o rumo para o qual toda a sociedade deve convergir.


"Uma mudança profunda na sociedade passa por uma mudança profunda nos valores e ações de cada indivíduo."

"Conhecimento: a única arma verdadeiramente eficaz."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A Sopa.

Atendendo a sugestão, eis o texto:


A tal lei discutida pelos políticos norte-americanos que se aprovada infringirá grandes mudanças na internet gerou grande polêmica, tanto pelos lados de lá, como pelo restante do mundo.
Olhando algumas reportagens, tal como alguns comentários na internet, a discussão em torno desta lei chamou-me a atenção.
Para variar me vi disposto a ir contra a opinião aceita pela grande maioria dos internautas (onde vi as notícias e comentários)
Os que se colocam a favor de tal lei afirmam que esta somente visa combater a pirataria na internet, buscando se fazer cumprir a lei que rege os direitos autorais.
Os contrários afirmam que esta lei visa mais que isso: visa censurar os indivíduos.  
Esta ultima vertente de interpretação é quem fomentou a maioria esmagadora dos protestos. Muitos foram os sites que saíram do ar em forma de protesto. Aliado a estes sites, muitos indivíduos lançaram mão de campanhas pelas redes sociais sendo contrários à lei.

Esta discussão entre os políticos e os grandes sites da internet vai além dos argumentos expostos por ambos os lados, e mais uma vez o povo sem conseguir raciocinar sobre o que ocorre em sua volta segue o lado de quem veicula um maior número de notícias e posições em relação ao tema.
 Neste caso a maioria ficou a favor dos grandes sites, contrárias à lei “contra pirataria na internet”.


É fato que do lado dos a favor da lei existe grandes interesses econômicos. Isto é inegável.
Todavia, esta lei que daria um maior poder ao Governo norte-americano de invadir, retirar e proibir a circulação de alguns sites em seu território visa um melhor meio de fazer cumprir outra lei: a dos direitos autorais.
Todos os sites que “compartilham” algo com direitos autorais que não pertencem a ele sem autorização, ferem tal lei e estão sim praticando pirataria.
Li, durante uma discussão a respeito deste mesmo assunto, um argumento que dizia que pirataria consistia em copiar e lucrar com marcas registradas que não pertencem ao copiador, e que os sites não copiam nada, somente compartilham, e que não lucram com o compartilhamento.
Acaso não estão estes sites repletos de propagandas? E estas propagandas não geram lucro ao dono do site?
Dentro de minha ignorância, creio que empresas somente anunciam em sites cujo número de acessos seja grande. Creio também que o que move as pessoas a adentrarem nestes sites é a facilidade e economia/gratuidade que encontram para baixar conteúdos que de forma lícita custariam caro.
O ciclo acaba sendo este: os sites disponibilizam facilmente, ilicitamente e de forma gratuita conteúdos com direitos autorais que não lhes pertencem; as pessoas entram no site devidos à estas facilidades em adquirir gratuitamente e de forma ilícita conteúdos que custariam caro se comprados licitamente; as empresas notando que  determinado site tem um grande número de acessos começa a anunciar nele; o dono do site ganha dinheiro com tais anúncios. Sendo assim, como não dizer que estes sites não exploram marcas que não lhes pertencem se são estas mesmas marcas que atraem as pessoas, que atraem os anunciantes  que geram lucro ao dono do site? Utilizar marcas que não lhe pertencem não caracteriza pirataria?

Tal argumento somente não serve para algum site que porventura não ganhe dinheiro com a exploração destas marcas, cujo particularmente não conheço nenhum. Sites desta forma poderiam, ainda sim com ressalvas, protestar contrariamente a esta lei.

Muitos outros ainda afirmam que a pirataria somente existe devido aos preços absurdos praticados por quem detém os direitos autorais. Mas será mesmo que é por isto que existe pirataria ou será que é porque os indivíduos preferem fazer transações ilícitas e fáceis ao invés de se digladiar em uma luta árdua dentro das leis?
Para a maioria é preferível transgredir as leis para se obter facilmente o que quer  do que lutar dentro dela para conseguir o mesmo com trabalho maior.

Os contrários à lei afirmam que lutam pelo direito de expressão, que segundo eles será tirado pelo governo.

Será mesmo que isto é uma censura?

Até então eu não vi nenhuma menção com relação ao impedimento de qualquer indivíduo escrever o que pensa, ou mesmo de postar um vídeo próprio na internet. Somente faz menção aos vídeos e outras coisas cujos direitos autorais não pertençam a quem posta.
Se acaso o direito de se expressar , ou de postar um vídeo  ou qualquer outra coisa do gênero for tirado, aí sim será motivo para alarde. Todavia, até então não é o que se mostra.

Os próprios sites que protestam e se dizem “defensores” do direito de expressão, contrários à censura, e acusam os favoráveis a tal lei de estarem transgredindo tal direito de expressão devido a fins econômicos, na verdade lutam pelo mesmo motivo. O que move estes protestos é o simples fato destes sites vislumbrarem perdas econômicas.
E quem segue tais protestos também lutam pelo mesmo motivo, embora em menores proporções. Lutam pelo direito de continuar a conseguirem de maneira ilícita e fácil conteúdos que custam caro.

Tal protesto visa o “direito de burlar a lei”. Não julgo ser idôneo. Pois a lei que está em votação tem o intuito de facilitar o cumprimento de outra.

É fato que é absurdo os preços pagos para se adquirir de forma lícita os produtos que de forma ilícita e gratuita são adquiridos em tais sites que os pirateiam, mas não vejo na corrupção ao desacatar a lei a solução para tal problema.
Tampouco as leis são perfeitas. Contudo, quando uma lei não estiver condizente com o senso de justiça, temos o direito e dever de maneira racional protestar para que tal lei seja revogada. Seria um protesto e mobilização dentro da lei para mudar a própria lei.


 
Seria demasiadamente difícil  e demorada, mas há uma maneira, que de forma legal, poder-se-ia mudar tal panorama.
Se todos deixassem de comprar CDs e DVDs, deixassem de ir ao cinema, assim como qualquer coisa cujo o preço seja absurdo, por um largo período de tempo, e não recorresse aos meios ilícitos, dois problemas poderia acabar de uma só vez.  A velha “lei da oferta e procura” faria com que os preços caíssem, e a falta de procurar acabaria com a pirataria.

Todavia, a solução por este viés é quase impossível com o atual panorama de nossa sociedade.
A população tornou-se, em sua maioria, corrupta, preferindo a ilegalidade em detrimento a legalidade.




Sendo assim: bom download a todos!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O "rebanho" de deus.

Ignorância é a alienação da qual a maioria compartilha. Quem não entende como se dão as relações interpessoais em seu ambiente, não compreende os mecanismos que mantém o status quo, e não tem condições de criticar a si próprio e sua cultura, vive em completa ignorância.


 Não há problema nenhum em criticar e questionar a existência do deus cristão. Ele existe para quem crê e não existe para quem não crê.


 A fúria dos cristãos- que muitas vezes está disfarçada de dó e piedade, e até mesmo de compaixão e amor- contra quem questiona a existência de deus, ou contra as demais religiões, nada mais é do que indício desta alienação. Tudo quanto foge da doutrina cristã tende a ser satanizado. É exatamente esse pensamento criado e difundido pelos líderes da igreja, visando o monopólio de deus para a igreja católica, que fomentou a caça as bruxas, as cruzadas, conflitos entre católicos e protestantes, e outros conflitos mais.
Da mesma forma ocorre com os fiés de todas as religiões contra aquilo que não é de sua doutrina.


O que as religiões fazem é tentar monopolizar a verdade divina.


 As religiões não querem a liberdade dos homens. Muito pelo contrário. Elas querem mantê-los ignorantes e presos. Assim os líderes mantém o poder sobre tantas pessoas. 


O ser humano é religioso por natureza. O que os líderes das religiões fazem é estereotipar a ideia de deus. Eles fazem com que todos os fiéis criem sua entidade divina a partir das características dadas por eles. Assim, com os indivíduos acreditando que deus é aquilo o que a religião afirma ser, e que este é exterior ao próprio indivíduo, a religião torna-se necessária para estes indivíduos alcançarem contato com esta divindade.


Desta forma, os líderes religiosos, que em sua maioria sabem da verdade, transformam religiosidade humana em religião; transformam o poder da fé destes indivíduos em poder para si próprios.


Mais uma vez cito as cruzadas para ilustrar como líderes religiosos transformam o poder da fé dos indivíduos em poderes próprios, usando-os para alcançar suas ambições.
Não é necessário ir tão longe na história. Basta olhar quantos não são os padres e pastores que adentram a política por intermédio de seus fiéis. Ou até mesmo os homens-bomba, que morrem por sua fé acreditando que assim estão perto das divindades estereotipadas por sua religião, mas que somente estão ajudando os líderes alcançarem suas ambições.
Notem que os líderes nunca fazem o que mandam fazer. Sempre são os fiéis.


 Quem segue religião de forma alguma é mau- exceto alguns. Todavia, são manipulados e mantidos na ignorância sem se dar conta.



 A liberdade em sua plenitude é impossível para o homem e para qualquer coisa. Todavia, o homem tem procurado a liberdade onde mais acorrentado ele pode ficar: nas religiões.


O deus, melhor, os deuses até hoje conhecidos e seguidos pelos homens são criações humanas, e não os criadores do homem, como é atualmente dito.


É uma criação humana para manipular homens.

Dentro de um templo religioso há tantos deuses quantas pessoas hajam lá dentro.


Se todos lá dentro descrevessem como é deus, ver-se-ia que todos imaginam deus de forma diferente. Todos teriam muitos aspectos em comum, isto devido ao estereótipo dado pelas religiões, mas ainda sim seriam diferentes uns dos outros. E é a partir do que cada um entende sobre o que é deus que se guiam.


As religiões e os líderes religiosos brigam entre si pelo monopólio da verdade divina, e usam os fiéis ignorantes na frente de batalha, onde na verdade a verdade divina está dentro de cada um. Quem não se engana com estas mentiras e as denuncia é tido por adjetivos pejorativos, e em outras épocas caçado e morto. O medo de castigos físicos e morais são uma forma de manipular e manter as pessoas alienadas. A ditadura fez o mesmo contra aqueles que lutavam pela democracia.
 Os deuses e a fé são subjetivos.


A fé nada mais é do que o próprio homem estimulando inconscientemente alguma parte dos 96% do cérebro que ainda não usa. A fé é uma boa coisa e faz "milagres". Todavia o que se entende por milagre é tudo aquilo que foge a atual capacidade humana de compreensão.


 Portanto, continuem a ter fé, em deus ou em qualquer outra coisa, que fé incontestavelmente só faz bem. Contudo, atentem-se para a dominação a qual são vítimas nas religiões!


Quando todos descobrirem que cada um tem um deus diferente do outro, embora as religiões- principalmente as cristãs- digam que ele é um só, e que este deus somente existe dentro de si, pode o mundo chegar a alcançar o amor que Jesus, simples homem e grande filósofo, "endeusado" 374 anos depois de sua morte por ser conveniente à religião, pregava. Jesus sabia que o homem era o deus do próprio homem, tanto que ele sempre dizia: "a tua fé te curou". Uma fé em deus ou em qualquer coisa, mas que somente existia dentro de cada um.


“Quem deixa de lado o direito de raciocinar, imaginar e criar torna-se cativo de si mesmo e dos demais. Torna-se peão em um jogo de xadrez onde deveria ser o rei.”