quinta-feira, 22 de maio de 2014

Os grilhões da liberdade

Em homenagem à minha amiga, uma presa menina livre.


A liberdade só existe
pr´aquele que a almeja,
que no fundo d´alma deseja,
e independente das barreiras
por cima destas passa, persiste.”


Aquele que insistiu e buscou
a liberdade tão sonhada,
que é por muitos cobiçada,
ao fim da vida se da conta
que tal conceito só lhe ofuscou.


Os olhos sempre lá focados,
fixos no mesmo objetivo,
continuar sem ter motivo,
à liberdade como fim último,
parecendo estar enfeitiçado.


E depois de tanto tempo,
andando pra todo lado,
se sentindo livre, desapegado
reflete sobre o que alcançou
e se indaga por um momento.


Será mesmo que sou livre
por poder ir e voltar,
viver sem me preocupar,
com pessoas e/ou coisas,
pois ser livre nisso consiste?


E a conclusão a que se chega
é um tanto contraditória
pois puxando pela memória
livre foi para ir e vir
tal como sempre se deseja


Mas preso sempre esteve
e isto é uma verdade.
“Livre” para buscar a liberdade
percebeu que os grilhões dessa utopia
escravo de si sempre o manteve.



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